Polícia pede quebra de sigilo telefônico de mulher morta por marido sargento e realizará reconstituição do crime

  • 14/05/2025
(Foto: Reprodução)
Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, foi morta a tiros e facadas pelo sargento da PM Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, dentro de uma clínica em Santos (SP). Delegada confirma que medida busca esclarecer ameaças antes do crime. Amanda Fernandes, de 42 anos, foi morta por Samir Carvalho em Santos (SP) Redes sociais e Daniela Rucio/TV Tribuna A Polícia Civil de Santos pediu a quebra do sigilo telefônico de Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, e do sargento da PM Samir Carvalho, de 46. Ele foi preso por matá-la a tiros e facadas em Santos, no litoral de São Paulo. A informação foi confirmada pela delegada Débora Lázaro, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que conduz as investigações. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. Segundo a delegada, o objetivo da quebra de sigilo é esclarecer a dinâmica dos fatos ocorridos antes do crime. “É importante para saber se houve alguma ligação ameaçadora da parte dele, horários, se ela ligou para ele ou para outras pessoas relatando que estava sendo ameaçada, para a gente ir encaixando a história e ver o que realmente aconteceu antes do fato”, explicou. Além da quebra de sigilo, a Polícia também fará uma reconstituição do crime. O pedido já foi enviado ao Instituto de Criminalística (IC), que definirá a data. “A reconstituição é considerada uma etapa essencial da investigação. Vai servir para solucionar dúvidas sobre como ocorreu tudo aquilo, onde estavam todos, onde estavam as armas — tanto a arma branca quanto a de fogo. Ele [Samir] vai ter que explicar tudo isso”, afirmou a delegada. De acordo com a delegada, o inquérito policial será relatado até a próxima segunda-feira (19), respeitando o prazo legal de 10 dias, já que o autor está preso preventivamente. No entanto, Débora Lázaro ressaltou que investigações continuarão sendo feitas mesmo após o envio do inquérito ao Fórum. “Encaminhamos o inquérito relatado, mas ainda temos investigações para complementá-lo”. Samir Carvalho matou a esposa Amanda Fernandes em Santos, SP Reprodução/Instagram Entenda o caso O sargento da Polícia Militar (PM) Samir Carvalho foi preso em flagrante após matar a esposa Amanda Fernandes, na tarde do dia 7 de maio, dentro de uma clínica médica na Avenida Senador Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Ele efetuou diversos disparos, atingindo a esposa e a filha de 10 anos. Em seguida, pegou uma faca e deu aproximadamente dez facadas em Amanda. A filha do casal foi socorrida para a Santa Casa de Santos. Ao g1, o hospital informou que a paciente foi atendida pela equipe multidisciplinar da emergência. Nesta terça-feira (13) a criança recebeu alta médica. A informação foi confirmada pela Santa Casa de Santos, no litoral de São Paulo. Menina que tentou salvar a mãe de tiros disparados pelo pai sargento recebe alta Menina tentou salvar mãe Segundo apurado pelo g1, a menor tentou salvar a mãe, que era o alvo dos disparos, pulando na frente dela. Em depoimento à Polícia Civil, o médico proprietário da clínica disse ter sido surpreendido por Amanda e pela filha enquanto estava na própria sala, aguardando o horário de chamá-las para uma consulta que estava agendada. O profissional contou às autoridades que Amanda entrou no cômodo muito nervosa, dizendo que estava sendo ameaçada pelo companheiro. "Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar, pois estamos nos separando”, teria dito Amanda ao médico. Amanda Fernandes, de 42 anos, foi morta pelo sargento Samir Carvalho, em Santos (SP) Redes sociais Ele disse para a Polícia Civil que trancou a porta do consultório, colocou duas cadeiras atrás da porta e ficou segurando com medo de que fosse arrombada. O médico também contou que pediu para a paciente chamar a polícia, mas ela respondeu que uma amiga já havia acionado a corporação. Por isso, insistiu por uma nova ligação. O homem relatou que ouviu uma batida na porta e questionou quem era, mas não teve retorno. Momentos depois, ele escutou a voz da secretária pedindo para a porta ser aberta porque a PM havia chegado. Segundo o relato, também foi possível escutar uma voz masculina dizendo: “pode abrir, é a polícia, está tudo sob controle”. Após questionar se os agentes estavam uniformizados, o médico abriu parcialmente a porta e, em seguida, foi para atrás da mesa. Ele disse que viu, no fim do corredor, um policial fardado e depois ouviu uma sequência de mais de dez tiros. O profissional disse para polícia que se abrigou debaixo da mesa para se proteger e acredita que o atirador tenha começado os disparos do lado de fora da sala. Ele só se levantou depois que o agressor foi contido pelas equipes policiais. O homem contou que socorreu a filha de Amanda e, logo depois, viu o corpo da mulher com uma faca “cravada no pescoço e banhada em sangue”. Ele garantiu que nunca havia visto as vítimas antes e não chegou a ver o atirador porque se escondeu ao ouvir o primeiro tiro. Investigação Em nota, a SSP-SP informou que a PM instaurou um Inquérito Policial Militar para “apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender uma ocorrência que evoluiu para feminicídio e tentativa de homicídio em uma clínica de saúde”. Anteriormente, a SSP-SP havia informado que os agentes tinham encontrado a mulher já morta e a filha do casal ferida ao chegarem no local da ocorrência, contrariando à versão obtida pelo g1 com a Polícia Civil de que os policiais estavam na clínica na hora dos disparos. Ao g1, a secretaria justificou que esta informação anterior era preliminar, pois o posicionamento foi enviado antes do término do boletim de ocorrência. Segundo a nova nota, divulgada no dia 8 de maio, policiais foram acionados via Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) para atender um caso de desinteligência na clínica. No local, eles encontraram Amanda e a filha trancadas em um consultório e um policial militar de folga [Samir] do lado de fora. "Após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. O autor entrou e atirou na mulher e na filha, sendo preso na sequência e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes”, disse a SSP-SP, em nota. De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pelo g1, quatro policiais militares integravam as equipes que atenderam o caso, registrado como violência doméstica, feminicídio e tentativa de homicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as circunstâncias do crime. A SSP-SP não informou onde estavam os policiais no momento em que Samir efetuou os disparos e depois esfaqueou a esposa. A delegada do 2º DP Débora Lázaro informou que Samir esfaqueou Amanda com aproximadamente dez golpes após os disparos. Ao g1, a SSP-SP se limitou a dizer que a informação consta na segunda edição do boletim de ocorrência. "Consta que havia um punhal cravado no corpo da vítima". Defesa de Samir Por meio de nota, o advogado Paulo de Jesus, que representa Samir, afirmou que na tarde do dia 8 de maio foi realizada audiência de custódia e a prisão em flagrante do policial foi convertida em preventiva. Samir foi encaminhado ao presídio Romão Gomes. Paulo de Jesus disse que a defesa se manifestará apenas quando as investigações forem concluídas. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/05/14/policia-pede-quebra-de-sigilo-telefonico-de-mulher-morta-por-marido-sargento-e-realizara-reconstituicao-do-crime.ghtml


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